SEFAZ

Secretaria de Estado da Fazenda do Amazonas

SECRETÁRIO DE FAZENDA, ALEX DEL GIGLIO, EXPLICA MEDIDAS PARA EQUILÍBRIO FISCAL DO ESTADO

Secretário de Fazenda, Alex Del Giglio, explica medidas para equilíbrio fiscal do Estado
 
Qual o tamanho do rombo financeiro do Estado e quais medidas estão sendo tomadas para sanear o problema? O secretário de Estado de Fazenda do Amazonas, Alex Del Giglio, respondeu a essas perguntas na tarde desta terça-feira (12/03), na Assembleia Legislativa do Amazonas (ALE-AM), atendendo o pedido da Comissão de Assuntos Econômicos da Casa.
 
“Na transição, estimamos um rombo menor, porque ainda não tínhamos acesso a todos os contratos do Estado. Hoje, sabemos que esse rombo é de mais de 3 bilhões, sendo 1,8 bilhão de déficit orçamentário e R$ 1,5 bilhão de dívida referente aos exercícios anteriores. Contudo, cerca de R$ 650 milhões dessa dívida ainda serão auditados”, explicou o secretário.
 
Sobre as ações que devem mitigar o déficit orçamentário do Estado, o secretário anunciou a edição de um decreto de qualidade do gasto, que deverá ser lançado até a próxima semana pelo Governo. Outras medidas, segundo o titular da Fazenda, devem gerar ainda um incremento de cerca de R$ 800 milhões a R$ 1 bilhão por ano à receita tributária.
 
“São medidas de ajuste fiscal e maior controle de arrecadação que devem significar um incremento de até um bilhão por ano. Além disso, o governo deve assinar na próxima semana um decreto de qualidade do gasto, que prevê uma economia de cerca de R$ 50 milhões por mês, ou R$ 600 milhões por ano. Só aí teríamos em torno de 1,6 bi de redução de déficit”, declarou.
 
A respeito da dívida herdada dos governos anteriores, em torno de R$ 1,5 bilhão, o secretário explicou que cerca de R$ 850 milhões já estão escriturados e deverão ser pagos, enquanto R$ 650 milhões serão auditados, já que há contratos com diversas irregularidades e que são passíveis de revisão. 
 
“A ideia é de que, com a liberação do FTI, consigamos ajustar em grande parte a dívida dos exercícios anteriores, além de outras medidas a fim de que se tenha um ‘extra’ na receita, dentre elas a recuperação de INSS, em que o Estado tem um valor bem considerável a recuperar”, explicou o secretário.
 
O FTI (Fundo de Fomento ao Turismo, Infraestrutura, Serviços e Interiorização do Desenvolvimento do Amazonas) foi objeto de projeto do Governo aprovado na Assembleia para realocar recursos da ordem de R$ 350 milhões para gastos com a saúde da capital e do interior.
 
O titular da Sefaz-AM disse ainda da possibilidade de buscar investimentos por meio de bancos nacionais e internacionais.
 
“Os outros aspectos que a gente deve trabalhar ao longo do ano dizem respeito a operações de crédito, que é um efeito pontual, paliativo, porque, se a gente não trabalhar num ajuste fiscal mais duro, no ano que vem, a gente vai incorrer no mesmo problema. A ideia é buscar recursos do Banco Mundial ou do Banco Interamericano, com o qual já estamos em conversa, de em torno de 150 milhões de dólares, mais 400 milhões de reais com o banco público nacional”, explicou.
 
A reunião ocorreu no miniplenário Cônego Azevedo, na ALE-AM, e teve a participação dos deputados Ricardo Nicolau (PSD), presidente da Comissão, Serafim Correa (PSB), Dermilson Chagas (PP) e Wilker Barreto (PHS) e ainda do Controlador Geral do Estado, Alessandro Moreira.
 
De acordo com o deputado Ricardo Nicolau (PSD), presidente da Comissão de Assuntos Econômicos da ALE-AM, a reunião foi esclarecedora. “Do ponto de vista técnico, foi uma audiência exitosa. As informações foram trazidas, as perguntas foram respondidas e os esclarecimentos foram feitos à Comissão de Assuntos Econômicos. Foi muito importante ter acesso a esses dados oficiais e, a partir daí, faremos as devidas recomendações porque o Estado precisa caber dentro de seu orçamento”, disse Ricardo Nicolau.
 

FOTOS: DIVULGAÇÃO/DANILO MELO/ALEAM

Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz-AM): Felipe Wanderley (98129-7281) e Juliana Maquiné Cruz (99382-0768).